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IPHAN e UNESCO participam de comemoração do bicentenário da morte de Aleijadinho

Representantes visitaram as obras do Museu de Congonhas, em Minas Gerais, e abriram a 12ª Semana de Museus, que acontece entre os dias 12 e 18 de maio em todo o Brasil

por Redação   publicado às 09:36 de 12/05/2014, modificado às 09:36 de 12/05/2014

Profeta Joel, um dos doze profetas de escultor Aleijadinho, no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Foto: Luis Rizo (07/07/2008)

Como parte das comemorações pelo bicentenário da morte do grande mestre da escultura do período colonial no Brasil, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Jurema Machado, e a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Patrícia Reis, visitaram neste domingo (11/05) as obras do Museu de Congonhas, em Minas Gerais.

As instalações estão sendo construídas na cidade mineira de Congonhas, próximas ao Adro do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo IPHAN em 1939 e reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 1985.

O projeto é uma iniciativa do IPHAN, da UNESCO no Brasil e da Prefeitura de Congonhas e vai funcionar como uma sala interpretativa do conjunto. A ideia é que o visitante possa ter uma melhor compreensão dos aspectos artísticos e religiosos do Santuário. O Museu de Congonhas vai abrigar, ainda, um Centro de Estudos da Pedra e espaços para exposições temporárias, seminários e reuniões.

Como parte das atividades de criação do Museu, a UNESCO também realizou, em 2011, uma atividade inédita na área de conservação do patrimônio cultural no país: a confecção de modelagem digital, por meio de escaneamento em 3D, dos profetas de Aleijadinho. A medida facilita estudos e monitoramento das peças, além de servir à recomposição em caso de danos às esculturas, por garantir rigorosa precisão de moldes e réplicas.  Além da digitalização, a UNESCO iniciou a confecção de moldes em silicone e réplicas em gesso-pedra.

Na mesma data, IPHAN e UNESCO participaram da abertura da 12° Semana de Museus, que neste ano acontece em Congonhas por ocasião da celebração do Bicentenário de Morte de Aleijadinho. Entre 12 e 18 de maio, diversas atividades serão realizadas em todo o Brasil. Confira a programação.

O mestre

Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730. Um dos mais importantes escultores do Brasil colônia, era filho de um arquiteto português e uma escrava. O apelido veio de uma enfermidade que deformou seu corpo.

Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo-MG. Foto:Alexandre Machado (02/03/2006)

Aos poucos, perdeu os movimentos dos pés e mãos. Um ajudante amarrava as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Mesmo com todas as limitações, trabalhou na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.

O escultor trabalhou em Congonhas no período de 1796 a 1805 e deixou na cidade um excepcional conjunto escultórico, com 66 imagens esculpidas em cedro, seis relicários e 12 profetas em pedra sabão. Inúmeras obras sobre o Aleijadinho estão disponíveis nas principais bibliotecas brasileiras. Nas bibliotecas do IPHAN, Biblioteca Nacional e Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais os interessados podem consultar uma parte importante deste acervo.

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