Carregamento de açúcar em porto brasileiro. Foto: Arquivo EBC
O estudo recente do Banco Mundial sobre a região da América Latina e Caribe, lançado no dia 19 de maio em Lima (Peru), apresenta uma análise das conexões globais da região nas áreas de comércio e finanças.
O documento pede reformas essenciais e sugere que as mudanças na economia global constituem uma oportunidade única para que a América Latina possa desencadear o seu potencial de crescimento de forma permanente e definitiva.
De acordo com o relatório, a América Latina e o Caribe necessitam encontrar formas de aperfeiçoar o seu capital humano e físico, assim como a sua capacidade tecnológica e o ambiente de negócios. Entre 2000 e 2012, a parcela do hemisfério sul nas exportações globais de manufaturados aumento de 32% para 48%, mas a maior parte dessa elevação se deveu à China, que aumentou sua participação em mais de 10 pontos percentuais enquanto a contribuição dos outros maiores exportadores de manufaturados do sul – incluindo Brasil e Chile – cresceu apenas 8 pontos percentuais.
“A ascensão do sul deixou uma marca notável na economia mundial. No entanto, esse impacto inquestionável encobre importantes disparidades entre os países do sul”, afirmou o economista-chefe do Banco Mundial para a região, Augusto de la Torre.
O relatório conclui que os países latino-americanos tendem a se integrar às redes de produção transnacionais, chamadas de Cadeias Globais de Valor (CGV), apenas no início do processo produtivo, como exportadores de matérias-primas, ou no final, como fabricantes de produtos finais. Porém, não se implicam no meio, um “ponto ótimo” que proporciona o maior potencial de avanço no crescimento.