Economia / Meio-ambiente
  

Publicação relaciona consumo de carne à pobreza e a mudanças climáticas

Segundo o Atlas da Carne, caso o atual ritmo se mantenha, em 2050 será necessário produzir 150 milhões de toneladas a mais, causando uma ocupação excessiva do solo

por Bruno Bocchini - Agência Brasil   publicado às 12:04 de 30/09/2016, modificado às 12:04 de 30/09/2016

O Atlas da Carne, publicação internacional lançada na última quinta-feira (29) em português na capital paulista, mostra como a produção em escala industrial e o consumo de carne tem impactado direta ou indiretamente no aumento da pobreza e da fome e nas mudanças climáticas, além de provocar deslocamentos e migrações de populações.

Publicação relaciona consumo de carne à pobreza e a mudanças climáticas. Foto: Pixabay (gado)

“O atlas é para informação, conscientização e debate político. Ele mostra o que é essa cadeia global da carne, porque que ela é uma cadeia insustentável”, disse a organizadora da versão brasileira do Atlas, Maureen Santos.

Segundo o Atlas, se o consumo de carne continuar crescendo no atual ritmo, em 2050 os agricultores terão que produzir 150 milhões de toneladas a mais do que atualmente. No Brasil, isso pode significar um problema: a criação de gado é a atividade econômica que ocupa a maior superfície do território nacional: 172 milhões de hectares. Sua expansão é um dos maiores responsáveis pelo desmatamento em diversos biomas.

A publicação foi originalmente publicada na Alemanha pela Fundação Heinrich Böll. O Atlas em português pode ser baixado gratuitamente em http://br.boell.org .

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consumo, meio ambiente, gado, degradação ambiental, carne