Meio-ambiente / Sustentabilidade
  

Estudo situa Brasil como um dos piores países em eficiência energética

País foi penúltimo colocado por investimentos escassos no setor e ganhou apenas do México em ranking de conselho norte-americano

por EcoDebate*   publicado às 09:00 de 26/07/2014

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

O estudo sobre as 16 potências, realizado pelo Conselho para uma Economia Energeticamente Eficiente, colocou o Brasil na penúltima posição e o México, na última, e se disse preocupado com o ritmo dos esforços de Estados Unidos e Austrália. Segundo os autores da pesquisa, o Brasil e o México demonstraram investimentos escassos em programas de eficiência energética, embora suas usinas térmicas sejam eficientes. Lanterna do grupo, o México tem necessidade de eficiência energética no transporte de carga, destinando poucos recursos ao transporte ferroviário.

No topo da lista, o conselho atribuiu à Alemanha a melhor pontuação por suas normas em prédios residenciais e comerciais, na tentativa de reduzir em 20% até 2020 o consumo de energia com relação a 2008. Em segundo lugar está a Itália, destacada pela eficiência nos transportes e o conjunto da União Europeia ficou com o terceiro lugar. China e França empataram em quarto, seguidas de Japão e Inglaterra.

O informe destacou que a China usou menos energia por metro quadrado do que qualquer outro país, embora suas normas de construção nem sempre sejam rigorosas. “A China pode fazer muito mais, também desperdiçam muita energia, mas estão realmente progredindo”, afirmou Steven Nadel, diretor executivo do conselho.

O estudo destacou, no entanto, um “claro retrocesso” na Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, é um cético das mudanças climáticas. De fato, no último dia 17 a Austrália aboliu um controverso imposto sobre o carbono.

Os Estados Unidos ficaram na 13ª posição. Segundo o estudo, a principal economia do mundo fez avanços, mas em nível nacional desperdiça energia de forma absurda.

*Texto original editado pela Cidade Nova