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Famílias são principal público-alvo de entidades de assistência social, diz IBGE

Povos e comunidades tradicionais são 8,3%, conselheiros e lideranças populares são 16,2%, usuários de álcool e drogas são 18,5% e a população de rua constitui 19,4% dos atendidos

por Vinicius Lisboa - Agência Brasil   publicado às 10:28 de 26/11/2014, modificado às 10:31 de 26/11/2014

As famílias são o público-alvo das entidades de assistência social sem fins lucrativos no país, informou hoje (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa de Entidades de Assistência Social 2013. De acordo com o levantamento, 67,8% das organizações declararam ter as famílias como público-alvo.

Segundo a Pesquisa de Entidades de Assistência Social 2013, 67,8% das organizações ouvidas declararam ter as famílias como público-alvo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Das 14.791 entidades pesquisadas, 10.024 se enquadram nessa situação. Entre as faixas etárias, a mais atendida é a de crianças até 12 anos (63,2%), seguida de adolescentes até 17 anos (59,1%) e dos idosos com 60 anos ou mais (56%).

O público menos atendido foi o de povos e comunidades tradicionais (8,3%). No fim da lista de público-alvo também estão os conselheiros e as lideranças populares (16,2%), os usuários de álcool e drogas (18,5%) e a população de rua (19,4%).

A pesquisa também mostra que a área de atuação mais comum é a de assistência social, em 72,6% das entidades. Depois, bem distante, vem a área de educação, com 11% do total, que equivale a 162 entidades sem fins lucrativos. O Norte é a região com maior percentual (13,2%) de atuação das entidades ligadas à educação, enquanto o menor índice (8,4%) é registrado no Nordeste.

A atuação na área de saúde se dá em 4,7% das entidades, percentual que cai para 3,5% nas regiões Norte e Nordeste e chega a 5,6% no Centro-Oeste. As entidades com atuação na área de direitos humanos destacam-se na Região Norte, com 2,4%, contra 0,9% do Brasil, enquanto no Sul, a fatia das que atuam em cultura e esporte chega a 3%, contra percentual nacional de 1,6%.

Das entidades pesquisadas, 83,3% declararam que executam diretamente serviços socioassistenciais e 65,3% encaminham para serviços públicos. De acordo com a pesquisa, 49,5% das entidades concedem benefícios financeiros ou produtos aos beneficiários e 49,9% encaminham os usuários para programas de transferência de renda do governo.

O estado em que as entidades executaram mais serviços diretamente, no ano passado, foi Alagoas, com 89,3%, enquanto em Roraima, o percentual é de 50%.

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assistência, crianças, idosos, comunidades tradicionais, famílias, entidades sem fins lucrativos, usuários de drogas, população de rua