Saúde / Comportamento
  

Doações de órgãos no Rio batem recorde pelo quarto ano consecutivo

De acordo com o Programa Estadual de Transplantes a taxa de consentimento das doações cresceu de 51% para 57%, graças à abertura das famílias

por Cristina Indio do Brasil - Agência Brasil   publicado às 08:00 de 06/11/2014, modificado às 08:00 de 06/11/2014

O Programa Estadual de Transplantes (PET) atingiu em dez meses de 2014 o mesmo número de doações feitas no estado do Rio de Janeiro em todo o ano passado. Até o fim de outubro foram feitas 225 doações, o que significou o quarto recorde anual do programa.

A doação número 225 foi feita pela família do jóquei Dalto Duarte, que teve sua morte encefálica confirmada na noite de terça-feira (4), após acidente com moto na Rodovia Rio-Santos. A autorização foi dada imediatamente e dessa forma foi possível inciar o procedimento de captação dos órgãos doados (coração, fígado, rins, ossos e córneas).

Foto: Clarice Castro/GERJ

O coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, informou que a taxa de consentimento das doações cresceu de 51% para 57% com a melhora no comportamento das famílias. Na avaliação dele, a criação, há três anos, do Grupo de Coordenação Familiar é o principal motivo da elevação desses números. “Ele sofreu uma reforma no fim de 2013 e hoje atua 24 horas, participando diretamente do acolhimento das famílias. Esse grupo vem possibilitando maior aproximação e cuidado com as famílias, permitindo mostrar a elas o grande benefício desse ato altruísta”, acrescentou.

O funcionamento das unidades de Organização de Procura de Órgãos (OPO) no estado também contribui para o crescimento no número de captação de órgãos. As OPOs foram criadas para descentralizar e aperfeiçoar o processo de doação de órgãos e tecidos e atuam em conjunto com as equipes responsáveis pelo suporte clínico aos potenciais doadores e às famílias, como o Grupo de Terapia Intensiva e a Coordenação Familiar.

A terceira e mais recente OPO foi inaugurada em Itaperuna (RJ) e atenderá a 26 municípios das regiões dos Lagos, norte e noroeste fluminense. As outras funcionam no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), bairro do Humaitá, zona sul do Rio; e no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca; na zona norte da capital. A previsão é que até o final do ano seja inaugurada a OPO de Petrópolis, na região serrana.

De acordo com o PET, até agora houve 535 transplantes, sendo 380 de rim, 145 de fígado e dez de coração. Quem quiser fazer notificações de órgãos deve procurar o PET pelo Disque-Transplantes (155). “A expectativa para 2014 é superarmos as 250 doações e os 600 transplantes. Mas a equipe do PET já está muito feliz com o resultado”, disse Sarlo.

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