Três décadas do início da era Jordan

No último domingo, o mundo do basquete festejou os 30 anos da estreia de Michael Jordan na NBA (Associação Nacional de Basquete, em português), a liga americana de basquete. Aquele 26 de outubro de 1984 pode ser considerado um marco do esporte mundial, por ter sido a primeira vez que o jovem nova-iorquino de 21 anos jogou uma partida oficial da NBA, onde uma década mais tarde se consagraria como o maior jogador da história da modalidade.

Foto: Jason H. Smith/Flickr

Outros astros do basquete, contemporâneos de Jordan, sempre valorizaram o talento do jogador. Magic Johnson, também um dos maiores atletas da NBA afirmou: "Há Michael Jordan e depois há o resto de nós. Após um jogo eliminatório, em que Jordan fez 63 pontos contra o Boston Celtics, na sua segunda temporada jogando na liga profissional, o astro Larry Birds disse: Deus, disfarçado de Michael Jordan”.

A preparação de Jordan

Falar das conquistas e dos talentos de Michael Jordan exigiriam um espaço que faria deste post um livro. Basta entrar no Youtube para ver os inúmeros vídeos que testemunham o talento extraordinário do jogador. Já a maneira como ele conseguia se destacar em relação aos outros atletas é mais difícil de se captar com facilidade.

Conhecido pelo seu sorriso expressivo e pelo comportamento extremamente respeitoso com os adversários, Michael Jordan é a prova concreta de que o maior modo de valorizar seu oponente é trabalhar duro para conseguir vencê-lo.

Quando Jordan foi escolhido pelo Chicago Bulls em 1984, depois de uma carreira estelar na faculdade da Carolina do Norte, ele parecia ter uma excelente carreira à sua frente por causa de sua velocidade e capacidade de saltar. Parecia que ele poderia fazer a cesta à vontade por causa de sua rapidez mas, faltava-lhe capacidade de arremesso de 3 pontos e força física.  Assim, ele logo começou a se concentrar no treinamento de força. A consistência de Jordan como um guerreiro de treino desempenhou um papel importante em seu desenvolvimento como jogador de basquete.

 

Jordan além das quadras    

Pouca gente sabe mas, em 2011, Michael Jordan doou seu primeiro ano de aposentadoria, cerca de um milhão de dólares, para o auxílio às vítimas do atentado terrorista de 11 de setembro. Sim. Michael Jeffrey Jordan, o melhor jogador de basquete de todos os tempos e um dos mais importantes esportistas da história, não se destaca somente pelo talento indiscutível, mas também pelo caráter excepcional (mesmo se longe de ser perfeito).

Jordan é um esportista que vale a pena ser conhecido e que graças à internet pode ser apresentado às novas gerações como exemplo de dedicação, respeito ao adversário e também solidariedade. Jordan é um daquele personagens que fazem do esporte um espaço privilegiado em que podemos nos deslumbrar com as múltiplas potencialidades do ser humano.

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Sobre

Fazer do esporte um instrumento de promoção da fraternidade é aceitar o desafio de descobrir, acima de tudo, a prática de atividades físicas como possibilidade de encontro, de relação. Em uma competição esportiva, o adversário não é um inimigo, nem o jogo uma batalha. Por isso, respeitar as regras predefinidas e preservar um espírito de lealdade e honestidade tornam-se elementos essenciais para que o esporte realize a sua missão socioeducativa. Neste blog, queremos identificar, discutir e descobrir os grandes promotores do esporte no Brasil e no mundo e, com eles, refletir sobre valores que ajudam a edificar a nossa sociedade.

Autores

Valter Hugo Muniz

Jornalista com experiências internacionais na Ásia (Indonésia) e na África (Costa do Marfim). Atualmente mora em Genebra, na Suíça. É formado em jornalismo pela PUC-SP. Trabalhou em agências de comunicação, empresas multinacionais, editoras e na televisão. Concluiu recentemente uma pós-graduação no Instituto Universitário Sophia, em Florença, Itália.