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Maior acervo online sobre ditadura brasileira é relançado em São Paulo

Desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, o site passa a contar com dados e informações da Comissão Nacional da Verdade. O conteúdo é de domínio público

por Bruno Bocchini - Agência Brasil   publicado às 09:49 de 12/12/2016, modificado às 09:50 de 12/12/2016

O portal Memórias da Ditadura, o maior acervo online sobre a história da ditadura no Brasil, de 1964 a 1985, foi relançado no último sábado (10) na capital paulista. A partir de agora, o site passa a contar também com dados e informações da Comissão Nacional da Verdade (CNV). O portal, desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, tem acesso gratuito e todo o conteúdo é de domínio público.

Desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, o site passa a contar com dados e informações da Comissão Nacional da Verdade. O conteúdo é de domínio público. Foto: Divulgação

“É um portal que traz a história da época da ditadura, e a maneira que ele é construído é para tentar fazer uma conexão do passado com o presente. Até porque vários temas daquela época estão voltando agora”, disse o diretor executivo do Instituto Vladirmir Herzog, Ivo Herzog.

Entre os novos temas presentes, estão a criação de mecanismos de prevenção e combate à tortura, a reforma na polícia, na segurança pública, e no sistema prisional. Há também assuntos específicos, como as mulheres, os indígenas e a comunidade LGBT. O site passou a contar ainda com uma área exclusiva sobre a educação na ditadura, que está dividida em quatro partes: educação pré golpe; educação básica na ditadura; universidades e ditadura; e mercado editorial.

O portal, que hoje conta com mais de 1 milhão de caracteres, havia sido lançado originalmente no fim de 2014, quando a Comissão Nacional da Verdade ainda não tinha encerrado os trabalhos e produzido os relatórios finais. “A gente trouxe agora, essa área nova da CNV, mas também as várias comissões estaduais e municipais, e as de fora do país, para que as pessoas entendam o tema, o que é uma comissão da verdade, qual o papel dela”, afirmou Herzog.

O site, que atualmente chega a registrar picos de cerca de 20 mil acessos diários, tem mais de mil itens (posts) publicados, com centenas de imagens, centenas de vídeos e mais de 1 milhão de caracteres. 

“O foco é um foco educacional, é um foco de formação. Além de ser uma grande base de consulta, a gente tem áreas com propostas de atividades para educadores. A gente tenta dar direcionamento para como usar esse material dentro da sala de aula”, destacou o diretor executivo do instituto.

O novo portal pode ser acessado em http://memoriasdaditadura.org.br

Tags:

ditadura, comissão da verdade, memória, golpe de 1964, herzog