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Janot diz que agiu por medo de errar e de decepcionar

Em sua última sessão como presidente do Conselho Superior do MPF, o procurador-geral da República também desejou sucesso a Raquel Dodge, que o substituirá no próximo dia 18

por Agência Brasil   publicado às 10:24 de 06/09/2017, modificado às 10:24 de 06/09/2017

Em sua última sessão como presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ontem (5) que viveu um dos dias mais tensos de sua carreira ao anunciar na segunda-feira (4) a possibilidade de rever o acordo de delação premiada firmado com executivos da JBS.

Brasília, 16/12/2015 - Procurador-geral da República, Rodrigo Janot durante sessão do STF. Foto: José Cruz/ABr

Em discurso, Janot disse que uma pessoa chegou a lhe dizer que ele agiu com muito coragem, porém o procurador afirmou que foi movido pelo medo "de errar".

"Cheguei à conclusão de que não tive coragem nenhuma. Na verdade, o que tenho é medo. O medo nos faz alerta. E medo de quê? Medo de errar muito e medo de decepcionar minha instituição. Todas as questões que enfrentei, enfrentei muito mais por medo de errar, medo de me omitir, de decepcionar minha instituição do que de coragem para enfrentar esses enormes desafios", disse.

Na sessão, Janot desejou sucesso a Raquel Dodge, que assumirá a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no próximo dia 18. 

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