O Projeto do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em parceria com a União Europeia no Brasil e com o apoio do Ministério da Saúde, “A Liberdade de olhar“, foi implementado na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. A iniciativa tem por objetivo desenvolver uma metodologia de capacitação e sensibilização sobre direitos humanos no sistema penitenciário.
O objetivo do projeto "A liberdade de olhar" é desenvolver uma metodologia de capacitação e sensibilização sobre direitos humanos no sistema penitenciário. Foto: UNODC
Entre os dias 19 e 23 de janeiro foram realizadas oficinas de fotografia, nas quais os participantes tiveram a chance de expressar seus olhares sobre o ambiente prisional, por meio da captura de imagens que representam as percepções e os sentimentos de quem vive o cotidiano dos presídios brasileiros.
As imagens produzidas pelos participantes foram utilizadas na segunda etapa do projeto que aconteceu entre os dias 26 e 30 de janeiro. Nesse segundo momento, aconteceram discussões sobre direitos humanos a partir das fotografias selecionadas pelos participantes que serviram para abrir um espaço de diálogo sobre as relações e percepções entre pessoas encarceradas e profissionais do sistema prisional, abordando conceitos e diretrizes sobre gênero, vulnerabilidades, promoção à saúde, prevenção de doenças e violência.
Participaram das oficinas 15 internas e 14 servidores das áreas de saúde, administração, segurança e assistência social do presídio que compartilham diariamente espaços internos específicos, mas que possuem perspectivas e papéis diferentes.
O projeto já foi implementado com sucesso em duas penitenciárias de Porto Alegre e no Centro de Detenção Provisória (CDP)de Brasília.