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Fraternidade e política ao alcance de todos

CIDADANIA Escola Civitas promove reflexão e iniciativa de ações concretas que cada indivíduo pode realizar em favor do bem comum.

por Natália Carioca Scaff, publicado na Revista Cidade Nova, edição de Setembro 2023.   publicado às 00:00 de 04/09/2023, modificado às 16:20 de 04/09/2023

Um dos objetivos do Movimento dos Focolares é promover a fraternidade entre as pessoas, grupos e povos. Nesse sentido, os Focolares organizam grupos e projetos cujas ações concretas visam à construção de um mundo mais unido e fraterno. Um desses grupos é a Escola Civitas, criado no Brasil em 2007 com o objetivo de formar cidadãos por meio de cursos teóricos e ações práticas que tragam benefícios a toda a sociedade. A Civitas tem como inspiração a experiência do Movimento Político pela Unidade (MPPU), outra expressão do Carisma da Unidade.

Em abril deste ano, a Escola Civitas promoveu um curso em Cocalzinho de Goiás, (GO), município próximo à capital federal.  Com duração de três meses, contou com cinco encontros presenciais, e cerca de 20 participantes, entre jovens e adultos.

Para introduzir o tema "Fraternidade e Política", o ex-prefeito de Itu e ex-presidente nacional do MPpU, Sérgio Previdi, conversou com os alunos sobre sua experiência pessoal no âmbito da política sob olhar da unidade. Previdi é também o atual presidente da associação Civitas.

Após o grupo debater sobre a realidade da comunidade e quais ações poderiam contribuir positivamente para a população como um todo, chegou à conclusão de que uma das praças da cidade precisava de uma revitalização.

"De início, o curso tinha uma vertente mais acadêmica, mas ao decorrer dos dias fomos adequando as exigências dos participantes e das propostas concretas. Essa praça é um local muito frequentado por famílias, e precisava voltar a ser um local acolhedor”, conta Júlio César de Oliveira Carneiro, médico de Taguatinga (DF) e um dos idealizadores da Escola.

A praça do ginásio municipal foi o local escolhido pelo grupo para a primeira ação social. Antes de começar o projeto de revitalização, os alunos saíram a campo para ouvir a população que a frequenta e os comerciantes ao redor. Eles conversaram com representantes do poder executivo local e receberam um retorno positivo:  novas melhorias serão estudadas e programadas.

Lilian Mendonça, de Cocalzinho, foi uma das participantes do curso. Na visão dela, esse abriu a oportunidade para os participantes exercer a cidadania. “Como alunos, trouxemos uma visão diversificada de cidadãos ao pautarmos os problemas socioeconômicos e socioambientais. Com orientação dos palestrantes e professores do curso, tivemos a chance de ver novas possibilidades para resolver alguns desses problemas”.

Maria da Conceição Barbosa de Oliveira, de Brasília, é monitora da Escola Civitas desde 2011, atuando na organização logística e pedagógica dos cursos. “O projeto de ação local começou a ser preparado desde a primeira aula, e trabalhado entre uma aula e outra, com a finalidade de transformar, com a vivência da fraternidade como categoria política (ideia central do curso), algum ‘ponto cinza’ da cidade”. 

Ela afirma que o tema da Escola deste ano foi desafiador. “Ao longo do curso, alguns foram trazendo suas dores, suas revoltas e seu desencanto com a política e percebemos que o mais importante era acolher cada um com tudo que trazia, sem deixar ninguém para trás, valorizando sempre o positivo.”

A monitora concluiu que, apesar das dificuldades que a sociedade brasileira enfrenta, o que a conforta é que qualquer pessoa pode assumir e promover uma mudança de postura em favor da fraternidade, a começar no ambiente em que ela se encontra e com as pessoas com as quais convive.

 
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