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Não é justo associar o Islã ao terrorismo, diz Francisco

Durante a viagem de retorno da Polônia, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, o papa afirmou que toda religião tem um pequeno grupo de fundamentalistas

por ANSA Brasil   publicado às 10:02 de 01/08/2016, modificado às 10:04 de 01/08/2016

O papa Francisco disse que não é "verdadeiro e nem justo" associar o Islã à violência ou ao terrorismo. "Uma coisa é certa, em quase todas as religiões sempre existe um pequeno grupo fundamentalista. Nós também temos", afirmou.

Papa Francisco participou neste domingo (31/07) da Jornada Mundial da Juventude, na Polônia. Foto: Mazur/catholicnews.org.uk

Em declaração a jornalistas a bordo do avião papal, quando voltava da Polônia, onde participou nos últimos dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o argentino acrescentou que "o Estado que se define islâmico apresenta uma identidade de violência", que não pode ser ligada ao Islã, referindo-se ao grupo Estado Islâmico.

"Todos os dias, quando abro os jornais, vejo violência na Itália, alguém que mata a namorada, outro que mata a sogra. E são católicos batizados. Se falo de violência islâmica, também tenho de falar da violência cristã", disse.  "Nem todos os islâmicos são violentos e nem todos os católicos são violentos. É como uma salada de frutas: tem de tudo dentro".

Na última semana, dois homens que diziam agir em nome do Estado Islâmico invadiram uma igreja na França e degolaram o padre Jacques Hamel, de 84 anos. O Vaticano tem tomado cuidado para afastar a ideia de uma guerra religiosa e evitar novos ataques. A Santa Sé e o papa estão pedindo para os católicos se unirem a fiéis de outras religiões para combater a violência.

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