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Papa diz que Iraque vive "crueldade desenfreada"

O Exército do Iraque, com o apoio de uma coalizão internacional, tenta libertar a cidade de Mosul do Estado Islâmico, que em resposta adota mais técnicas brutais contra os civis

por Agência Ansa   publicado às 09:35 de 24/10/2016, modificado às 09:35 de 24/10/2016

O papa Francisco fez um apelo ontem (23) em apoio ao Iraque e disse estar "chocado" com a brutalidade do Estado Islâmico (EI) contra civis. "Neste momento dramático, estou ao lado de toda a população do Iraque, principalmente da cidade de Mosul", disse o líder católico durante a tradicional celebração dominical do Ângelus, no Vaticano.

Papa Francisco. Foto: Mazur/Catholic Church England and Wales (23/02/2014).

"Nossos corações estão chocados com os desenfreados atos de violência que há muito tempo estão sendo cometidos contra cidadãos inocentes, tanto muçulmanos quanto cristãos, ou de outras etnias e religiões", afirmou Francisco. "Fiquei triste com a morte a sangue frio de vários filhos daquela terra amada, entre eles crianças. Esta crueldade nos faz chorar e nos deixa sem palavras".

Há uma semana, o Exército do Iraque, com o apoio da coalizão internacional, lançou uma ofensiva militar para libertar a cidade de Mosul do Estado Islâmico, que controla a área desde junho de 2014. Já houve relatos de violência e brutalidade nos confrontos, pois, conforme os militares se aproximam, o grupo terrorista adota mais técnicas brutais contra os civis. O Estado Islâmico executou 284 pessoas na sexta-feira passada e está usando gás tóxico como arma de guerra.

As Nações Unidas acreditam que esta ofensiva causará uma nova onda de refugiados e afirma que é possível que o EI use as pessoas como escudos humanos. "Rezo para que o Iraque, duramente atingido, seja forte e tenha esperança de poder seguir adiante rumo a um futuro de segurança, reconciliação e paz. Peço a todos vocês que se unam a mim nesta oração", disse o Papa.

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