Rio de Janeiro (RJ), 15/06/2014 - Manifestantes protestam contra gastos públicos com a Copa, na Tijuca, bairro próximo ao Maracanã. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Um grupo de manifestantes contrários à realização da Copa do Mundo realizou ontem, por volta das 17h, um protesto pelas ruas da Tijuca, zona norte do Rio. Eles pretendiam chegar o mais próximo possível do Estádio do Maracanã, onde Argentina e Bósnia se enfrentariam às 19h.
O esquema de segurança foi reforçado com as presenças de policiais do Batalhão de Choque e da Força Nacional de Segurança, com o apoio de três helicópteros da Polícia Militar, que davam voos rasantes sobre a área.
A polícia monitorava a manifestação, seguindo o protesto pelas laterais do grupo e realizando revistas. Ainda antes da partida, quando o grupo chegou a cerca de 500 metros da entrada da arena, o Batalhão de Choque utilizou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersá-lo.
No entanto, mais tarde, alguns manifestantes conseguiram furar o bloqueio da polícia e chegar perto do Estádio após o jogo. Eles se posicionaram na escadaria que dá acesso à Estação Maracanã do metrô e gritaram palavras de ordem. A Tropa de Choque da Polícia Militar ficou perto do grupo por cerca de 20 minutos, mas liberou o local para a passagem das milhares de pessoas que se dirigiam ao metrô.
De acordo com a analista de relações internacionais Larissa Sampaio, o grupo se dispersou após o lançamento de bombas de gás lacrimogêneo na Avenida Maracanã antes da partida, mas voltou a se reunir. "Eles (os policiais) nos encurralaram no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, mas demos a volta e conseguimos chegar aqui. Também tentaram nos parar para revistar, mas como a polícia é despreparada, não conseguiu reter todo mundo”.
Antes mesmo do apito final, o público já se dirigia para o metrô. A movimentação foi intensa, com pessoas de todas as idades e falando diversas línguas se dirigindo com tranquilidade para o transporte coletivo recomendado pela prefeitura para chegar ou voltar do Maracanã. Cerca de 20 minutos após o término da partida, a passarela que dá acesso à estação estava completamente tomada pela multidão, que seguia com calma.
*Com informações da Agência Brasil.