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Secretário-geral da ONU critica medida anti-imigração de Trump

Para Guterres, embora necessárias, as medidas de controle de fronteiras não podem ser baseadas em discriminações por nacionalidade, religião ou origem étnica

por Marieta Cazarré - Agência Brasil   publicado às 09:27 de 02/02/2017, modificado às 09:27 de 02/02/2017

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, declarou ontem (1°), em coletiva para a imprensa, que a medida anti-imigração adotada por Donald Trump viola princípios básicos e não é eficaz.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente dos Estados Unidos assinou, no último dia 27, decreto que proíbe a imigração de pessoas vindas de sete países com população predominantemente muçulmana. Ele determinou também o fechamento das fronteiras do país para a entrada de refugiados por 120 dias.

De acordo com o português António Guterres, que assumiu o cargo de secretário-geral da ONU na virada do ano, a decisão de Trump não é a forma adequada de proteger os Estados Unidos.

Em relação às ameaças reais do terrorismo, Guterres defendeu a adoção de medidas rigorosas de controle de fronteiras, mas reforçou que as ações não podem ser baseadas em discriminações por nacionalidade, religião ou origem étnica.

Em um comunicado sobre direitos humanos, elaborado por relatores da ONU, a instituição defende que o decreto viola o direito internacional, que estabelece o princípio da não discriminação. O texto afirma que a medida incentiva a estigmatização dos muçulmanos.

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