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Banco de Desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai e presidente indiano

Anúncio foi feito durante a 6ª Cúpula do bloco, que aconteceu em Fortaleza; Brasil fará a gerência da equipe de diretores

por Daniel Lima e Sabrina Craide - Agência Brasil   publicado às 08:40 de 16/07/2014, modificado às 08:46 de 16/07/2014

Cúpula do Brics reuniu, em Fortaleza, chefes de estado dos países que compõem o bloco. Foto: Marcelo Camargo/ABr

A sede do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será em Xangai, na China, e a primeira presidência do órgão será de um representante da Índia. O anúncio foi feito ontem (15) pela presidente Dilma Rousseff após se reunir com os chefes de Estado dos países que compõem o bloco, em Fortaleza.

O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito do banco será US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de governadores será da Rússia e a primeira direção da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco.

“O banco representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”, disse Dilma.

O acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento e o tratado para estabelecer o Arranjo Contingente de Reservas do Brics foram assinados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os ministros das Finanças da Índia e da África do Sul e pelo presidente do Banco Popular da China e do Banco Central da Rússia. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, compareceu ao evento na segunda-feira (14), mas retornou a Brasília para reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Durante o evento também foi assinado um memorando de entendimento para cooperação entre agências seguradoras de crédito a exportação do Brics e um acordo para cooperação sobre inovação entre bancos de desenvolvimento dos cinco países.

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