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Papa Francisco exorta cristãos a serem sinal de esperança

Durante as celebrações da Páscoa, o pontífice rezou pelos dramas da humanidade e lembrou que o Evangelho é sair de si para ir ao encontro do outro

por Redação   publicado às 09:15 de 21/04/2014, modificado às 10:55 de 21/04/2014

Levar um “raio” da luz do Ressuscitado nas diversas situações humanas: naquelas felizes, tornando-as mais belas e preservando-as do egoísmo; e naquelas dolorosas, trazendo serenidade e esperança. Foi essa a exortação do papa Francisco na manhã desta segunda-feira (21/04) aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça S. Pedro, durante a oração do Regina Caeli, que, durante a Páscoa, substitui o Angelus.

“Deixemos que o estupor jubiloso do Domingo de Páscoa se irradie nos pensamentos, nos olhares, nas atitudes, nos gestos e nas palavras... Mas isso não é uma maquiagem! Vem de dentro, de um coração imerso na fonte desta alegria, como o de Maria Madalena, que chorou pela perda do seu Senhor e não acreditava nos seus olhos vendo-o ressuscitado”, afirmou o pontífice.

Foto: Arquivo - Mazur/Catholic Church England and Wales (13/03/2013)

Ontem (20/04), durantes as celebrações do Domingo de Páscoa, o papa recordou aos cristãos de todo o mundo que “a Boa Nova não é apenas uma palavra, mas é um testemunho de amor gratuito e fiel: é sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente, é idoso ou excluído”.

Ele aproveitou a ocasião para rezar pelos dramas vividos em diversos países do mundo, a começar por Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria, que sofrem com a epidemia de Ebola. Em relação à Síria,  destruída por três anos de conflito e mais de 150 mil mortes, o pontífice rezou “para que quantos sofrem as consequências do conflito possam receber a ajuda humanitária necessária e as partes em causa cessem de usar a força para semear morte, sobretudo contra a população inerme, mas tenham a audácia de negociar a paz, há tanto tempo esperada”.

Também foram lembrados os conflitos na República Centro Africana e no Sudão do Sul, além dos “hediondos ataques terroristas” em algumas regiões da Nigéria. O papa rezou ainda pela reconciliação fraterna na Venezuela e pela pacificação da Ucrânia, com base em um espírito de “unidade e diálogo”.

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