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Negócio social propõe instalação de energia solar em favelas do Rio

Creche no Morro Santa Marta será o primeiro local a receber o equipamento; idealizadores esperam reduzir a quase zero conta da instituição

por EcoDesenvolimento*   publicado às 09:20 de 15/05/2015, modificado às 09:28 de 15/05/2015

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Utilizar a energia solar como fonte de energia elétrica em comunidades pacificadas do Rio, de forma que os beneficiários possam reduzir suas contas em função da energia gerada no telhado de casa. Este é um dos objetivos da Insolar, empresa que ganhou visibilidade recentemente em uma das maratonas de negócios sociais promovidas pelo Sebrae do Rio.

Criada pelo economista Michel Baitelli e pelo administrador Henrique Drumond, a empresa encara a instalação dos painéis fotovoltaicos apenas como parte do processo. "Além da instalação dos painéis, estamos preocupados com a educação ambiental e a capacitação e treinamento da mão de obra local. A ideia é que as pessoas entendam o projeto e se preparem para o mercado, sejam como eletricistas, engenheiros ou até empresários deste novo mercado que surge", explicou Henrique ao jornal O Globo.

Os empreendedores foram aprovados na fase inicial da Chamada Pública de Projetos para o Programa de Eficiência Energética da Light. Com isso, a Insolar vai instalar painéis solares na creche Mundo Infantil, no Morro Santa Marta.

O investimento, em torno de R$ 30 mil, inclui equipamento, treinamento e capacitação de alguns profissionais. Com a aprovação do projeto, os dois pretendem reduzir a conta de energia da instituição a um valor próximo da taxa de serviço da companhia.

"O projeto vai além do benefício financeiro. É uma forma de mostrar que as pessoas podem ser protagonistas de projetos que podem mudar o mundo ou, ao menos, o seu próprio ambiente. A partir do momento que você tem essa visão empoderadora, abre caminhos para resolver os seus problemas", destacou Henrique.

A iniciativa é assessorada pela Yunus Negócios Sociais Brasil, organização que, fundada há dois anos, busca desenvolver negócios sociais pelo país.

A instituição, que oferece consultoria para empresas, governos, fundações e ONGs, atualmente acompanha 22 projetos com a intenção de, por meio de uma aceleradora e de um fundo de investimentos, torná-los viáveis.

*Texto original editado pela Cidade Nova às 09h

Tags:

Favela, energia solar, yunus, santa marta, morro, painel fotovoltaico, negócio social