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Cidade Nova é objeto de estudo em sala de aula

ENSINO Além de incentivar a leitura e interpretação, atividade realizada pela professora Elimary Rodrigues promoveu a reflexão e o debate dos alunos sobre temas importantes da atualidade

por Jônia Quédma   publicado às 00:00 de 10/10/2023, modificado às 16:02 de 10/10/2023

EM TEMPOS de domínio das telas de computador, a tecnologia trouxe mudanças significativas na forma como praticamos a leitura e aprendemos. As inovações trouxeram benefícios e desafios para a aprendizagem. De um lado, temos maior acesso a novas tecnologias e recursos multimídia e, do outro, desafios, como distrações em razão das notificações constantes de mídias sociais, e-mails e aplicativos. Isso pode dificultar a concentração e a absorção de informações no processo de aprendizagem, especialmente no âmbito escolar.

É ponto pacífico que a leitura desenvolve habilidades de pensamento crítico. E essa competência é essencial ao ser humano. A habilidade de discernir informações confiáveis de fontes não confiáveis é uma competência crucial em tempos de tela. Foi pensando nesse desafio que a professora de língua portuguesa Elimary Rodrigues aplicou, no mês de agosto, uma atividade que motivou os alunos à interpretação de leitura e discussão sobre diferentes contextos da sociedade hoje. Os alunos são da Escola Estadual de Ensino Médio John Kennedy (Zenóbio Toscano), em Guarabira (PB). 

Com o objetivo de exercitar metodologia de aprendizagem e diversificar atividades em sala de aula, além de promover certo distanciamento dos discentes em relação ao celular, a professora propôs uma pesquisa em sala, com a utilização de um exemplar de Cidade Nova.

“Já conheço a revista há muitos anos e gosto de trabalhar com ela porque, além de oferecer excelentes temas, eles são abordados por profissionais sérios e comprometidos com o que fazem”, comenta a professora.

Rodrigues propôs a atividade prática depois de perceber que o mau uso do celular em sala de aula tem prejudicado a atenção e o desempenho dos estudantes. Ela lamenta as distrações dos alunos e o excesso de busca pelo entretenimento na internet. “A concorrência que o celular oferece hoje faz dele um vilão para a educação; ele ajuda por uma parte, com a pesquisa, mas quando se pede algo de conteúdo, os alunos não dão a devida importância”, afirma.

“Os alunos vivem com celular na mão e isso prejudica o trabalho do professor; haja criatividade para concorrer com o celular.” 

Como método, Elimary Rodrigues trabalhou com três turmas do primeiro ano do Ensino Médio. Ela distribuiu a nota entre apresentação oral e escrita, orientando para um amplo estudo simultâneo organizado na disciplina em que os temas são escolhidos pelos alunos. Após a aceitação por parte dos alunos, distribuiu vários exemplares e pediu que a atividade fosse feita em dupla, para os alunos confrontarem as ideias. No final, cada dupla deveria socializar com a turma o assunto escolhido, mencionando os pontos mais importantes colhidos na pesquisa. Segundo Rodrigues, “a revista é admirável” porque, para além do fato de ser mantida por organização religiosa, abrange temas sobre muitos âmbitos da vida em sociedade. 

Impressões 

Laís Vitória avaliou a atividade realizada com entusiasmo: “Eu achei interessante a turma poder escolher temas da revista e falar sobre eles com as próprias palavras”, diz. O tema dela foi o cuidado com o meio ambiente.

“Eu entendi que as pessoas não cuidam do ambiente porque acham que não precisamos dele, que não somos afetados quando sujamos/maltratamos a natureza; mas, quando não cuidamos do meio onde vivemos, estamos prejudicando tanto a natureza quanto as pessoas.”

Para Maria Eduarda Pacífico, o ponto alto foi conhecer o que a revista pode proporcionar. “A revista abrange inúmeros temas: psicologia, machismo, desmatamento, espiritualidade, tudo sobre a atualidade, análise de cada fato, olhar sobre o ’mundo”, diz, satisfeita. De acordo com Pacífico, Cidade Nova incentiva a refletir sobre como ajudar a quem precisa.

“A revista é essencial no nosso dia a dia, nos oferece também produtos e serviços com conteúdo que nos fortalece como seres humanos; eu ficaria horas lendo”, completa a jovem.

“Quando estudamos, adquirimos novos conhecimentos.” Foi assim que a aluna Josielly Nunes resumiu a atividade de leitura com os colegas de sala. “Daí nasce a vontade de querer espalhar a revista para nossos colegas para que eles também tenham essa experiência de aprendizagem”, complementou a estudante.

Para a professora Elimary Rodrigues, o tema de sucesso foi o da sustentabilidade. Por exemplo, Paulo Germano e um colega escolheram falar sobre a importância dos oceanos para a vida no planeta. “Cabe a cada um de nós não degradá-los e ajudar a protegê-los, fazendo escolhas conscientes sobre o nosso consumo e o descarte dos resíduos”, enfatizou Germano. Ele deu também dicas importantes sobre como reduzir o uso de plásticos: reciclar sempre que possível e não jogar lixo nas praias. “Faça a sua parte; eu comecei a fazer a minha”, finalizou.

“O resultado do trabalho foi muito proveitoso; e mesmo aqueles que têm mais dificuldades conseguiram superá-las para cumprir a tarefa, o que me deixou imensamente feliz”, avalia a professora.

Por  Jônia Quédma

Matéria originalmente publicada pela edição de outubro 2023 da Editora Cidade Nova.

Mensagem da Elimary Matias Rodrigues para a editora

Olá amigos de CIDADE NOVA, é com imenso prazer que dirijo-me a essa maravilhosa equipe para mencionar uma experiência incrível realizada com os meus alunos dos primeiros anos do Ensino Médio, utilizando textos publicados nessa renomada revista. 

Sou professora do estado da Paraíba, na cidade de Guarabira. Leciono Língua Portuguesa na Escola Estadual John Kennedy, que logo mais passará a ser chamada Escola Zenóbio Toscano. 

Aproveitando o ensejo de estarmos em outubro, mês que nos é dedicado. Ofereço o texto que segue a todos os amigos professores, bem como aos que ainda não conheço, mas que de maneira muito digna, desempenham esse valioso papel na sociedade. Grande abraço! 

Obra sua! 

Em cada projeto arquitetônico 

vejo o primeiro traço impresso no coração do arquiteto. 

O arquiteto é obra sua, professor! 

Em cada casa construída 

vejo o alicerce que está por trás do engenheiro. 

O engenheiro é obra sua, professor! 

Em cada correto julgamento 

vejo o senso de justiça implantado na consciência do juiz. 

O juiz é obra sua, professor! 

Em cada causa defendida 

vejo a tramitação do processo 

e todo caminho percorrido, para tornar esse defensor 

um verdadeiro advogado. 

O advogado é obra sua, professor! 

Em cada paciente bem atendido 

vejo na face do médico 

a abnegação e a doação de vida a ele dedicados.. 

O médico é obra sua, professor ! 

Em cada animal que recebe cuidados especiais 

vejo nas mãos do veterinário 

a marca do afeto recebido de você um dia. 

O veterinário é obra sua, professor! 

Em cada aula ministrada 

vejo no semblante do mestre 

o reflexo da sua imagem 

com toda bagagem e experiências doadas. 

O mestre é obra sua, professor ! 

Portanto hoje 

não se comemora apenas o dia de um profissional, 

mas comemora-se a esperança e o desenvolvimento. 

Porque trata- se da célula que emana vida 

e dá origem a toda e qualquer profissão. 

Parabéns, professor! 

Você pode não ser reconhecido. 

Mas por você 

passam todo o progresso e grandeza cultural do país.

Obrigada, professor! 

 

 
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