Para além dos aspectos atrelados à biografia e à personalidade do político pernambucano, herdeiro de Miguel Arraes, há uma conexão evidente com algo que o cenário do poder vem sofrendo nos últimos anos: a falta de renovação. Com 49 anos de idade recém completados, Eduardo Campos era a liderança mais estruturada que surgiu num espectro dominado pela polarização PT X PSDB. Que fique claro: não é possível dizer se era a melhor, nem mesmo a ideal. Mas sua figura trazia um frescor imediato ao debate.
É, de fato, muito triste que suas ideias tenham saído de cena de maneira tão precoce, ainda mais nestas circunstâncias. Ao longo dos dias e com a retomada da campanha, teremos mais elementos para entender o impacto desta morte. Um deles já é evidente: se perde um líder carismático de uma nova geração da política brasileira.