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ONU pede união e determinação contra o terrorismo

Segundo o vice-secretário-geral, Jan Eliasson, os Estados-Membros não podem combater o terrorismo de forma isolada ou exclusivamente por meio da ação militar

por ONU Brasil   publicado às 08:26 de 13/02/2015, modificado às 08:28 de 13/02/2015

No discurso de encerramento de um encontro aberto organizado pelo Comitê Antiterrorismo da ONU, o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, advertiu na última terça-feira (10) que organizações terroristas querem “dividir” e “polarizar” os Estados-membros, mas as Nações Unidas “não devem cair em sua armadilha” e, em vez disso, todos devem permanecer firmemente dedicados aos direitos humanos, os princípios do devido processo legal e do Estado de Direito.

Vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, participa de encontro aberto organizado pelo Comitê Antiterrorismo. Foto: Devra Berkowitz/ONU

“Os ataques terroristas perpetrados recentemente na Nigéria e em Paris, juntamente com os atos bárbaros cometidos pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), provam que temos de permanecer vigilantes, determinados e unidos“, acrescentou Eliasson. Para ele, neste momento é fundamental que cada grupo terrorista ouça a mesma mensagem de todos: “O mundo permanece unido em denunciar e rejeitar as suas atrocidades”.

Eliasson lembrou uma série de atos bárbaros cometidos recentemente por grupos extremistas em vários lugares do mundo, desde o sacrifício do piloto jordaniano até a campanha de brutalidade do Boko Haram na Nigéria. Ele lembrou, no entanto, que a luta contra o terrorismo é conduzida em conformidade com o direito internacional.

Segundo Eliasson, a Estratégia Global Antiterrorista da ONU deixa claro que os Estados-membros não podem combater o terrorismo de forma isolada ou confrontar grupos extremistas exclusivamente por meio da ação militar. Em vez disso, ele acrescentou, os Estados-membros devem dar assistência ao fortalecimento de seus sistemas de justiça penal, a fim de responder “à natureza complexa dos crimes de terrorismo de forma responsável e transparente”.

Sobre este ponto, ele mencionou a capacitação da ONU ao setor de segurança e justiça da Nigéria para respeitar os direitos humanos e o Estado de Direito durante sua luta contra o Boko Haram.

“A resposta verdadeiramente eficaz deve alavancar os recursos da comunidade internacional e olhar para todos os aspectos do problema, incluindo os fatores subjacentes que levam ao recrutamento de novos terroristas”, Jan Eliasson disse aos delegados reunidos.

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onu, estado islâmico, estratégia, terroismo