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Instituto de Traumatologia alerta sobre lesão por esforço repetitivo

Atividades como operador de telemarketing, bancário ou operário de fábrica estão entre as principais causadores dessas lesões, mais comuns nos membros superiores

por Agência Brasil   publicado às 07:00 de 02/03/2015

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) fez um alerta aos trabalhadores sobre os cuidados no dia a dia para evitar danos à saúde por lesões por esforço repetitivo (LER) e aos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORTs), durante o dia Dia Internacional de Prevenção às LER/DORTs, celebrado no último sábado (28). Além dos esforços repetitivos, a sobrecarga pelo estresse no trabalho também contribui para as dores e danos aos tendões e aos músculos. 

Atividades como operador de telemarketing, bancário ou operário de fábrica estão entre as principais causadores dessas lesões, mais comuns nos membros superiores. Foto: Fernando Filho/Flickr

Algumas profissões levam os funcionários a repetir movimentos diversas vezes, provocando essas doenças. As atividades mais monótonas, como operador de telemarketing, bancário ou operário de fábrica levam à formação dessas lesões, que aparecem mais nos membros superiores, no cotovelo e no ombro, em forma de tendinite, sinovite, síndrome do túnel do carpo e no punho, também como a síndrome do túnel do carpo.  Já nos membros inferiores, é mais comum a bursite no quadril.

O médico do trabalho do Into, Eduardo Branco,  explica que o movimento repetitivo não permite que a estrutura do tendão do músculo descanse o tempo necessário para se recuperar, porque toda vez que a pessoa faz um esforço repetitivo, o músculo produz substâncias prejudiciais, que acabam ocasionando as lesões. O especialista recomenda às pessoas que trabalham com atividades monótonas a fazer uma pausa obrigatória nas atividades para repouso de 10 minutos, a cada 50 minutos de atividade repetitiva, além de alongamento.

"Algumas empresas estão aderindo à ginástica laboral durante o expediente de trabalho. Se for possível, é interessante sempre o rodízio das atividades. Isso é uma coisa que os bancários tiveram que fazer porque o índice de afastamento por lesões era muito alto", explica Branco. Além disso, completa, "sabemos que as doenças do esforço estão associadas a um aumento da pressão psicológica por produção, por meta a cumprir, clientes para atender, e essa pressão também acaba surtindo efeitos psicológicos muito grandes".

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