Política / Sustentabilidade
  

Pesquisa aponta que trânsito e transporte são principais gargalos das metrópoles

Realizado pela FGV, estudo recomenda a criação de alternativas ao transporte individual e o investimento em tecnologias que facilitem o planejamento de gestores e cidadãos

por Alana Gandra - Agência Brasil   publicado às 09:30 de 28/05/2014

Pesquisa da Fundação Getulio Vargas Projetos (FGV) com os gestores das principais cidades brasileiras aponta que o grande gargalo nas metrópoles são o trânsito e o transporte público. De acordo com o diretor adjunto da FGV Projetos, Carlos Augusto Costa, a mobilidade merece atenção dos gestores "levando em consideração que 30% dos percursos são feitos a pé no Brasil hoje. Por isso, tem que ter uma preocupação com as nossas calçadas, com a sinalização do trânsito voltada para o pedestre, com as faixas de pedestres e, depois disso, criar alternativas para que as  pessoas deixem o carro em casa e se desloquem usando bicicleta, BRT [corredor de ônibus], ônibus ou metrô”.

São Paulo- SP, 21/05/2014 - Trânsito lento e carregado, na avenida 23 de maio, no sentido aeroporto, por volta das 18h, por conta da greve de motoristas e cobradores. Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas

 

Costa também afirmou que a tecnologia é uma aliada importante, pois pode ajudar o cidadão a definir qual o melhor trajeto, antes que ele saia de casa, ou saber qual ônibus vai atrasar. “A tecnologia serve para gerar as  ferramentas necessárias para a tomada de decisão mas, ao mesmo tempo, para tornar a cidade muito mais humana, mais próxima do cidadão. O que a gente diz é que a cidade inteligente cuida das pessoas, aprende com elas”.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados conhecem o conceito de cidades inteligentes (Smart Cities). Quando são considerados os secretários de planejamento e de urbanismo dos municípios,  o percentual sobe para 78%. “Há uma percepção de quem administra as cidades sobre a questão das cidades inteligentes, mas ainda existe um gap, isto é, uma distância, entre o que está acontecendo na gestão das cidades de fato, pelas prefeituras, e o que as outras pessoas percebem dessa questão”.

Para Costa, os gestores precisam investir na disseminação do conhecimento e da tecnologia. A pesquisa foi o ponto de partida para o caderno Cidades Inteligentes e Mobilidade Urbana, que a FGV Projetos  lançou ontem (27) durante o seminário Cidades Inteligentes: Financiamento, Governança e Planejamento - Smart Cities.

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