Foto: bellentani/sxc.hu
Para unificar a atuação nas esferas cível e criminal, visando ao cumprimento da Lei de Improbidade Administrativa, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) criou o Núcleo de Combate à Corrupção. O núcleo conta com dez procuradores para investigar processos que envolvem crimes como peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e emprego irregular de verbas públicas.
Antes da medida, cada fato denunciado era investigado por dois procuradores, um na área cível e outro na criminal. De acordo com o procurador da República Sérgio Pinel, o novo núcleo, coordenado por ele, vai fortalecer e otimizar a atuação do órgão no combate à corrupção.
“Esses fatos têm atribuições cíveis e criminais, pode ter as duas ou pode ter uma ou outra. A grande distinção do núcleo para o que era antes é que o procurador que agora está no núcleo vai ter atribuição tanto cível quanto criminal. Qual é a atribuição cível: ajuizar eventuais ações de improbidade administrativa; e a criminal: denunciar pelos eventuais crimes cometidos”, explicou.
Apesar de recém-criado, o órgão já investiga 600 procedimentos cíveis e cerca de 700 processos criminais. “Nós identificamos todos os procedimentos, processos e inquéritos que tenham relação com as áreas de atribuição do núcleo, que envolvam crimes de corrupção, peculato e outros cometidos por servidores públicos; identificamos esses procedimentos [dentro do MPF-RJ] e distribuímos aos integrantes do núcleo”, disse Pinel, ressaltando que, apesar do grande número de processos, ainda assim o volume é menor do que o usual entre os procuradores do órgão.
Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia ao Núcleo de Combate à Corrupção pelo site http://cidadao.mpf.mp.br, mas a maioria dos fatos são relatados pelos próprios órgãos públicos, por meio de suas corregedorias, ou pelos tribunais de conta.
*Texto original editado pela Cidade Nova