7 situações em que economizar faz mal

Confira sete situações em que a economia pode não ser uma boa escolha! Ficou curios@? Acesse e veja!

por Redação   publicado às 00:00 de 13/02/2020, modificado às 17:32 de 13/02/2020

Matéria publicada originalmente na Revista Cidade Nova em julho de 2019. 

Quando alguém ao seu lado passa necessidades

Em um país como o Brasil, em que as incertezas no campo da economia e do trabalho imperam, é fundamental economizar parte do salário, mas em algumas circunstâncias essa economia simplesmente não faz sentido. É o caso em que alguém próximo passa necessidades. É difícil imaginar como uma reserva financeira poderia nos dar tranquilidade quando alguém que amamos não tem condições de se sustentar. Os recursos são feitos para as pessoas e não o contrário. 

Quando economizar tira a paz

Se, por um lado, a maioria dos brasileiros não tem o hábito de poupar regularmente, por outro, há quem poupa de forma compulsiva. Como tudo que  é feito sem equilíbrio, poupar em uma quantidade que comprometa a própria qualidade de vida e a da família é um erro. Essa atitude, no longo prazo, cria frustração e, em geral, desestimula o próprio hábito de poupança. Guardar dinheiro pode ser um ato tão penoso e impor tantas privações que, a certo ponto, desiste-se dele. Por isso, tão importante quanto definir um valor para poupar é definir um valor mensal para não poupar.

Quando temos dívida

Quitar dívidas – e isso inclui financiamentos imobiliários e veiculares – antes de poupar é uma atitude inteligente. Na maior parte das vezes, os juros que correm contra nós são maiores do que aqueles que correm ao nosso favor. Por isso, livrar-se de dívidas é a forma mais rápida de construir um futuro sólido financeiramente. Ainda que, vez ou outra, a conta fria dos juros possa indicar que vale a pena investir, mesmo tendo dívidas, é preciso levar em conta riscos que estão além do que a calculadora pode indicar: risco de diminuição da renda familiar por um período, o que pode prejudicar a capacidade de honrar as próprias dívidas, risco de aumento do custo de vida, risco de colapso da economia do país, entre outros.

Quando você não tem boa qualificação profissional

Se você recebe o suficiente apenas para cobrir as despesas básicas de subsistência não vale a pena fazer esforços para construir uma reserva financeira. Em vez disso, invista na sua própria qualificação para se tornar um profissional mais valorizado no mercado e poder aumentar sua renda no médio prazo. Só, portanto, valerá a pena poupar para o futuro.

Quando o dinheiro vira fim em si mesmo

O dinheiro é sedutor e pode se tornar um fim em si mesmo na vida das pessoas­. Não é prudente gastar todo o salário e não poupar nada, mas tampouco é aconselhável adotar um estilo de vida em que poupar passa a ser o objetivo mais importante do trabalho e até da própria existência. Recursos financeiros precisam circular para poderem chegar a todos e, tão importante quanto fazer uma poupança para o futuro, é saber a hora de gastar dinheiro, ou melhor, saber a hora de colocar o dinheiro a serviço de coisas muito mais importantes. 

Quando a economia custa mais caro

As boas práticas de educação financeira recomendam pesquisar preço antes de fazer uma compra, realizar alguns trabalhos de casa em vez de contratar alguém para fazê-los, entre outros pontos. Mas essas práticas são vantajosas? Nem sempre. Imagine que você precisa comprar um sapato. Vale mais a pena gastar R$ 300 em um calçado que irá durar dois anos, com uso recorrente, ou gastar R$ 100 em outro que precisará ser substituído em seis meses? Logicamente é mais vantajoso, nesse caso, desembolsar os R$ 300. Vale a pena trocar de supermercado para economizar R$ 15 por mês, mas ter que ir até a cidade vizinha para fazer compras? Quando queremos economizar, não basta olhar friamente para os números, é necessário considerar outros fatores, como o bem-estar, o sacrifício que se faz em troca da economia e a durabilidade dos itens que consumimos.

Quando o dinheiro alimenta vícios

Vício e disciplina para poupar não costumam ser atitudes encontradas na mesma pessoa justamente porque os vícios tendem a consumir qualquer recurso que sobra. Mas, de forma paradoxal, quanto maior o vício, seja ele em bebidas, cigarro, drogas, ou em jogos de azar, maior é a privação – portanto, maior é o esforço de poupança – feita para alimentar um hábito que destrói a própria vida. O próprio ato de investir pode se tornar um vício, como os home brokers de corretoras, sistemas que conectam os usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais, os quais estão cada vez mais acessíveis. A Bolsa de Valores não é, por definição, um espaço de especulação e apostas, mas pode se tornar um, dependendo da forma como é usada.