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Por jovens e mártires, Papa Francisco chega à Coreia do Sul

Na tarde de hoje (14), Francisco encontrou-se com a presidente Park Geun-hye e outras autoridades no Palácio presidencial de Seul e pediu que Coreias superem divergências

por Redação   publicado às 15:48 de 14/08/2014

O Papa Francisco chegou hoje (14) à Coreia do Sul para participar da 6ª Jornada Asiática da Juventude, que ocorre entre os dias 13 e 17, com jovens católicos de todo o Continente. Durante a visita também será realizada a beatificação de 124 mártires coreanos, assassinados entre 1791 e 1888 por se negarem a renunciar à fé católica.

Papa Francisco chegou nesta quinta-feira (14/08) à Coreia do Sul para visita de cinco dias. Foto: Park Jun-soo/ Republic of Korea

Durante a tarde, Francisco encontrou-se com a presidente Park Geun-hye e outras autoridades coreanas no Palácio presidencial de Seul. Discursando em inglês, ele ressaltou que "estes dois acontecimentos que celebramos completam-se um ao outro. A cultura coreana possui uma boa compreensão da dignidade e sabedoria próprias dos antigos e honra o seu papel na sociedade. Nós, católicos, honramos os nossos antigos que sofreram o martírio pela fé, porque se prontificaram a dar a vida pela verdade em que acreditaram e de acordo com a qual procuraram viver. Ensinam-nos a viver plenamente para Deus e para o bem do próximo". 

E completou: “um povo grande e sábio não se limita a amar as suas tradições ancestrais, mas valoriza também os seus jovens, procurando transmitir-lhes a herança do passado que aplica aos desafios do presente. [...] É importante refletirmos sobre a necessidade de transmitir aos nossos jovens o dom da paz". 

Em seguida, o Papa elogiou "os esforços desenvolvidos em favor da reconciliação e da estabilidade na península coreana […], pois eles constituem o único caminho para uma paz duradoura" e enfatizou que "a diplomacia, enquanto arte do possível, baseia-se na firme e perseverante convicção de que a paz pode ser alcançada pela audição tranquila e o diálogo, mais do que pelas recriminações mútuas, as críticas estéreis e o destacamento de forças".

A presidente Park Geun-hye, por sua vez, lembrou que mais de 70 mil famílias continuam separadas desde a divisão da península no final da Guerra da Coreia (1950-1953). "Queremos realizar a reunificação", declarou a presidente, sublinhando que "a Coreia do Norte deve renunciar ao programa nuclear". Pyongyang mantém o argumento de que o programa nuclear destina-se a fins civis, mas Seul e Washington suspeitam que o regime pretende se armar com mísseis balísticos armados com ogivas nucleares.

Com informações da Rádio Vaticano e da Agência Lusa.

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