Meio-ambiente / Sustentabilidade
  

Com estufas inteligentes, empresa promete revolucionar plantios urbanos

Elas têm capacidade de monitorar o crescimento das sementes, o nível de umidade, a rega e a nutrição das plantas remotamente, tudo via tablet

por EcoDesenvolvimento*   publicado às 10:02 de 28/04/2015, modificado às 10:03 de 28/04/2015

Nas cidades de todo o mundo, grandes ou pequenas, existe muito espaço que poderia ser melhor aproveitado. Para além do déficit de moradia e da especulação imobiliária, algumas áreas normalmente pouco exploradas poderiam ter algum valor adicional, como os telhados de prédios e galpões abandonados. Então imagine se fosse possível construir uma pequena fazenda com estufas nesses locais para produzir alimento livre de poluição, sem agrotóxicos e com muitos nutrientes.

Uma estufa com 10 unidades, que ocupa mais ou menos 37 m², é capaz de produzir cerca de 27 kg de vegetais por semana. Foto: Divulgação

"Mas e se eu for precisar do espaço para outra coisa depois"? Essa é pergunta que o proprietário do local faria, pois a configuração urbana é muito instável, novas oportunidades poderiam surgir e não seria nada fácil retirar toda a plantação e investimento feitos. É aí que surge a inovação da companhia Cityblooms, da Califórnia (EUA): produzir uma mini-fazenda com estruturas leves e removíveis.

Ela pode ser montada em terrenos vazios, estacionamentos e, até mesmo, nos telhados dos prédios. O que facilita sua eficiência é que a estufa pode ser transportada de um lugar para outro sem muitas dificuldades.

Com terra, água e uma conexão de energia elétrica, as estufas inteligentes têm capacidade de monitorar o crescimento das sementes, o nível de umidade, a rega e a nutrição das plantas remotamente, via tablet. Há sistemas de ventilação, drenos, bombas e filtros. Ou seja, boa parte do trabalho duro é feito pelo sistema automatizado.

Sem agrotóxicos
A tecnologia das estufas também faz com que os vegetais não tenham contato direto com o ar poluído da cidade, deixando de transferir material tóxico a eles. Isso sem contar o fato de que não há agrotóxicos.

Com relação às fazendas convencionais, as mini-fazendas fazem melhor proveito da água, no entanto utilizam mais energia - mas o que normalmente se gasta com o transporte de alimentos e seu armazenamento ultrapassa os custos energéticos da mini-fazenda. Uma estufa com 10 unidades, que ocupa mais ou menos 37 m², é capaz de produzir cerca de 27 kg de vegetais por semana.

Fase de testes
Atualmente o projeto está em fase de testes em um campus corporativo na baía de São Francisco. De acordo com os idealizadores, a ideia é tentar fazer com que vegetais que se degradam rapidamente sejam produzidos mais próximos de seu público, o que evitaria diversos tipos de desperdício.

Ainda não se sabe se, com o avanço dos experimentos, as pessoas irão poder comprar suas próprias mini-fazendas ou se a Cityblooms irá vender uma quantidade de hortaliças por semana a quem adquirir o serviço.

Para saber mais, confira o site da Cityblooms e veja o vídeo abaixo.

 

*Texto original publicado por EcoDesenvolvimento.

Tags:

agricultura, água, monitoramento, poluição, energia, hortas, terra, estufas inteligentes, mini-fazenda, vegetais, cultivo