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Estudantes brasileiros iniciam formação para atuarem no Parlamento Juvenil do Mercosul

Os 27 selecionados irão discutir inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho e direitos humanos em âmbito federal

por Ministério da Educação*   publicado às 11:17 de 21/07/2014, modificado às 11:20 de 21/07/2014

Integrantes brasileiros do Parlamento Jovem do Mercosul para 2012-2014 durante solenidade de posse. Foto: João Neto/MEC

Representar o Brasil e debater políticas para a juventude fazem parte da missão dada a 27 jovens brasileiros selecionados para compor a delegação brasileira no Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Cada unidade da Federação será representada por um estudante de escola pública, com mandato de dois anos.

O PMJ promove a participação e a integração de estudantes do ensino médio público dos países-membros do bloco (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela). Espaço de encontro e diálogo entre os jovens, o parlamento destina-se a alunos com idade entre 14 e 18 anos para o debate de temáticas de interesse comum, com foco na formação política e cidadã. Entre os temas a serem debatidos pelos novos representantes estão inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho e direitos humanos.

Para a estudante Clécia Karen, 16 anos, representante do Acre, a expectativa é atuar da melhor forma possível, com trabalho em equipe, para desenvolver, nas partes teórica e prática, os principais eixos temáticos. “Meus objetivos no Parlamento são desenvolver cada eixo e propor soluções na elaboração de projetos e conferências”, disse. “Pretendo representar da melhor forma possível o nosso país no encontro do Mercosul, em agosto na Argentina”.

Participar de uma experiência parlamentar não é novidade para Yan Busquet Braga, 16 anos. No ano passado, ele integrou o Parlamento Jovem do Rio de Janeiro. Assim, foi convidado a integrar também o PJM. “Acredito que todo o jovem tem o direito a participar das mudanças da sua comunidade e de sua escola”, afirmou.

Para atuar como parlamentares, os jovens participaram do 1º Encontro de Formação do Parlamento Juvenil do Mercosul, em Brasília. Eles receberam orientações sobre a participação no encontro prévio do PJM, em agosto próximo, na Argentina. No país vizinho, será elaborada declaração que servirá de base para o Parlamento Juvenil no biênio 2014-2016.

Seleção

Novos integrantes do Parlamento se encontram com ministro Paim em solenidade de posse. Foto: Reprodução/MEC

Os parlamentares foram eleitos durante encontro nacional, em Gramado (RS), em junho último. Nas etapas anteriores, as secretarias de Educação promoveram encontros estaduais nos quais cada uma selecionou três estudantes — um homem, uma mulher e um representante da diversidade brasileira, escolhido entre negros, indígenas, moradores de comunidades populares ou áreas rurais ou pessoas com deficiência. Em votação, os estudantes escolheram um representante por unidade da Federação.

De acordo com a coordenadora do Rio Grande do Norte, Vera Reis, o trabalho em cada unidade esteve centrado principalmente na divulgação do programa e no esboço dos critérios de seleção. “A maioria dos estados optou por uma redação sobre o tema O Ensino Médio que Queremos”, disse. “Depois, os estudantes selecionados falaram sobre o tema Por que eu Quero ser Parlamentar no Mercosul”.

O estudante Estevão Nogueira, 17 anos, que representa a diversidade brasileira, faz parte da etnia Kokama, do Amazonas. Ele tem a expectativa de demonstrar a verdadeira realidade das comunidades indígenas existentes em todo o território brasileiro. “A liberdade de expressão demonstra a cultura, o talento dos indígenas dentro dos projetos político-educacionais, fazendo com que eles sejam valorizados e respeitados”, enfatizou.

*Texto original editado pela Cidade Nova

Tags:

Mercosul, juventude, parlamento, participação cidadã